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ATÉ DEUS PROTEGE OS PODEROSOS
Os poderosos receberem tratamento mais brando do que os fracos não é coisa
nova, nem peculiaridade brasileira, a menos que deus seja realmente
brasileiro. Isso se observa desde muito tempo e nos meios mais rigorosos. Vejamos
um fato que envolveu a transgressão de três
preceitos divinos, e o transgressor não pagou com a vida como previa a
lei.
Davi, um dos mais importantes homens de Javé conforme a Bíblia, um rei, quando se viu em transgressão desse
mandamento (Dt. 5:21), não hesitou em transgredir também o sétimo (ou
oitavo?: Dt., 5: 18). Não satisfeito, deu um jeitinho para burlar a lei em relação a outro preceito (quinto ou
sexto? Dt. 5: 17). E qual foi a conseqüência? Não pagou com a vida
como um pobre pagaria.
Ao conhecer Bate-Seba, belíssima mulher de seu súdito Urias, o rei caiu no pecado:
cobiçou aquela coisa maravilhosa do próximo. Como podia fazer o que quisesse, mandou busca-la e
teve relação sexual com ela, adulterou, transgredido o sétimo (ou sexto) mandamento. Depois, para ficar mais tranqüilo, mandou que pusessem Urias em uma frente de batalha e o deixasse sem apoio para que ele fosse ferido e morresse. E assim foi. E dessa
cobiça que resultou no adultério e assassinato indireto, nasceu Salomão, o mais sábio dos homens de Deus. (II Samuel, 11).
Mas o
rei, considerado homem de Deus, cobiçou,
adulterou e matou, sem ser punido com a morte.
Diz o texto que quem pagou com a vida foi o filho do adultério (II Samuel,
12). Vê-se aí que não é só aqui que os poderosos ficam impunes ou são punidos de forma mais branda.
Mais uma vez tem razão quem diz que deus é brasileiro.
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